O inverno de 2018 teve início às 7h07 do dia 21 de junho e se encerrará no dia 22 de setembro, com o equinócio da primavera marcando a transição das estações. Apesar da data oficial, em Paramirim, os primeiros sinais do inverno costumam surgir já em maio, quando o clima começa a mudar sutilmente. As manhãs ganham um ar mais fresco, as noites se tornam mais longas, e as garoas passageiras começam a visitar a região com mais frequência.
As temperaturas caem gradativamente, e a paisagem vai ganhando novos tons. O céu, muitas vezes encoberto por nuvens cinzentas, cria um cenário melancólico e, ao mesmo tempo, encantador. A brisa fria que percorre as ruas parece convidar à introspecção, e o movimento nas praças desacelera, como se a própria cidade acompanhasse o ritmo mais calmo da estação.
Avenida Cesar Borges

Hoje, quase uma semana após o início oficial do inverno, decidi sair pelas ruas e arredores de Paramirim com minha câmera em mãos. Queria registrar os traços dessa transição, captar através das lentes os pequenos sinais que indicam a mudança do tempo e o despertar de uma nova estação. Caminhei por trilhas, passei por áreas de vegetação, observei o comportamento do céu, das árvores e até mesmo das pessoas. Tudo parecia mais contido, mais sereno, como se a natureza entrasse, pouco a pouco, em um estado de repouso.
Lagoa de Paramirim

Balneário do Rio Paramirim

Barragem do Zabumbão

Serra do Cruzeiro

A todos um ótimo inverno!
Fotografei folhas secas espalhadas pelo chão, gotas de garoa repousando sobre flores resistentes e árvores com galhos nus, mas ainda firmes. Também encontrei beleza nos detalhes: no vapor que saía da boca das pessoas ao falarem pela manhã, nas roupas mais pesadas que agora tomam conta das vitrines, e nas janelas fechadas protegendo os lares do frio sutil, mas presente.
O inverno em Paramirim pode não ser tão rigoroso quanto em outras regiões do país, mas é repleto de pequenas nuances que, para quem observa com atenção, revelam toda a sua beleza. É uma estação que convida ao recolhimento, mas também à contemplação — e nada melhor do que registrá-la através das imagens e da sensibilidade de quem a vive de perto.